Há algum tempo atrás recebi uma mensagem, através do meu blog, de uma garota chamada Rosário. Uma peruana de passagem pela na Suécia, mas que morou a vida inteira na distante Austrália. Por coincidência e sabedoria do destino, Rosário e eu descobrimos que além de morármos na Suécia, morávamos em cidades próximas, o que se tornou depois de alguns dias, a mesma cidade. Já que ela se mudou mais tarde aqui para Västerås com seu marido, que é sueco.
Rosario é uma dessas pessoas especiais que a gente torce para encontrar todos os dias e achar que a vida vale à pena. Uma garota inteligente, cheia de vida, sensível, inteligente, super consciente, positiva...
Infelizmente só nos encontramos pessoalmente duas vezes por pura falta de tempo. Mas costumamos nos comunicar por e-mail, messenger e telefone.
Tenho tido muita satisfacão com o retorno que vocês tem me dado com relacão ao blog...Se não tivésse o “Mundo Sueco”, talvez não tivésse tido contato com a Rosário e com todos vocês que dizem gostar dos meus textos.
A Rosário embarca para a Austrália na próxima semana, infelizmente, sem previsão de volta, pois ela mora com o marido lá e só estava de passagem pela gélida Suécia.
Quando a gente deixa o nosso país, vivemos num constante aprendizado e adaptação à uma nova cultura, novos hábitos, novas pessoas na nosssa vida.
Com tantas descobertas e informações, acho importante sempre preservar as características boas e importantes da nossa personalidade. Nunca podemos esquecer da onde viemos e quais são os nossos valores. O que quero dizer com isso? Quero dizer que não é bom mascarar ou esconder sentimentos que carregamos conosco desde a infância. Se a gente tem vontade de falar bem de uma pessoa, fazer um elogio, mostrar solidariedade, sentimentos, a melhor coisa é fazê-lo.
Vivo na Suécia, num mundo totalmente diferente do que sempre vivi, mas o meu coração e os meus valores continuam sendo brasileiros, continuo vivendo de acordo com a educação recebida da minha família e os valores e crencas que aprendi a seguir.
Nos dois encontros que tive com Rosário, senti que é bom demais encontrar pessoas que vivem de acordo com os seus princípios, crencas, valores, mesmo estando longe de “casa”. Aliás, acho incrível a mágica que o coracão é capaz de nos proporcionar todas as horas: a capacidade de nos fazer sentir bem ao lado de determinadas pessoas e sem energia ao lado de outras. Rosário é uma garota que eu poderia escrever mil boas coisas a respeito e mesmo assim achar que faltou algum ponto positivo das tantas boas características que ela reúne numa só personalidade.
Tenho a impressão de que ser como Rosário é ser feliz, é ser sincera, sensível, interessante, é falar o que pensa sem machucar o próximo. Ser como Rosário é ser íntegro, maduro, fantástico, é ser boa gente!
Tem pessoas que passam pela vida da gente, cumprem sua “funcão” e nos deixam como órfãos, querendo desfrutar um pouco mais da sua incrível capacidade de nos fazer bem, de nos envolver numa aura de afeto e conforto.
Boa viagem, minha amiga Rosário! Be happy!
30 setembro 2004
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