07 abril 2005

A mídia sueca e os estrangeiros

Depois de alguns dias sem aparecer, cá estou eu novamente! Pois é, como contei no último post, comecei a estagiar no jornal Västerås Tidning e estou achando super interessante! Está me fazendo super bem essa volta ao jornalismo e estréia na mídia sueca. É estranho e ao mesmo tempo curioso trabalhar com os suecos. É uma experiência enriquecedora e que toca novamente na questão da tolerância e aceitacão das diferenças entre os indivíduos.

Comos já comentei por aqui, é a primeira vez na vida que estudo com pessoas do Japão, Irã, Iraque, Afeganistão, Sri Lanka, Espanha, Panamá, Burundi, Congo, China, Ucrânia, Estados Unidos, enfim, pessoas de vários países e várias culturas. E agora é também a primeira vez que trabalho só com suecos. Estou curtindo muito tudo isso!

Sobre os artigos, até agora já foram publicados quatro e na próxima semana, mais dois serão publicados. Já escrevi sobre moda na América Latina, mercado de trabalho, um prêmio que seria dado à uma microempresária, diferenças culturais, os maremotos na Ásia e sobre o Orkut.

Sem querer ( querendo), parece que comecei a abrir mais espaço aos estrangeiros que vivem aqui, no jornal. No artigo sobre diferenças culturais, entrevistei alguns estudantes estrangeiros e uma professora sueca que dá aula de sueco. A minha intençao era abordar as dificuldades que os estrangeiros enfrentam quando resolvem morar num outro país, as possibilidades, as saudades, a visão que eles têm da sociedade sueca, dentre outros tópicos. Ao mesmo tempo, queria também contar com a análise de um sueco sobre o assunto.

Fiquei contente com o resultado do artigo e também recebi um bom feedback dos entrevistados. Na segunda passada, sem que eu soubesse, a professora imprimiu o texto que saiu no jornal e distribui a todos os alunos, abrindo espaço na aula para que a questão fosse aprofundada.

Segundo a maioria dos entrevistados, um dos grandes problemas que influenciam na aproximação entre suecos e estrangeiros, é o fato de os suecos serem vistos como tímidos e frios. A sueca entrevistada disse concordar com essa afirmacão.
As mulheres estrageiras que vêem de terras como o Irã, por exemplo, valorizam o fato de a Suécia ser um país que trata homens e mulheres com igualdade e oferece boas possiblidades para a educação de seus filhos.

Aproximar suecos de estrangeiros e vice-versa, às vezes não é nada fácil, mas também não é uma missão impossível. Como disse um dos entrevistados: “não é que os suecos são ruins e nós estrangeiros, bons. Somos apenas pessoas diferentes”!
Pois é pessoal, também acho que é na diferença que mora a graça das coisas!