29 dezembro 2006



País das filas? Pessoas anti-sociais? Gente que não consegue reclamar de uma refeicão insossa num restaurante por ter medo de conflito? Pois é, esse é o típico sueco! Explico: existe um programa chamado “O país mais moderno”, aqui na Suécia. Outro dia estavam discutindo sobre umas das tantas definicões do que é ser sueco, tentando tracar um perfil. Sim, o programa é apresentado por suecos!

Sueco adora fila! Elas estão em todo lugar! Até prá pedir informacão, é necessário pegar fila. Sem essa de achar que por que você está com pressa, vai poder passar na frente de quem está na fila do caixa e vai pagar mercadorias. Logo quando cheguei aqui e queria só pedir uma informacão, me dirigia ao caixa e perguntava o que eu queria saber…mas a funcionária do caixa, sem tanta gentileza, dizia que se eu quisésse perguntar algo, deveria pegar a mesma fila que todas as outras pessoas que estavam esperando para fazer pagamentos. Pois é, e não importa o tamanho da fila!

Quanto à ”etiqueta” nos restaurantes, também é verdade! Parece que as pessoas não ousam reclamar se estão insatisfeitas com a comida. Reclamam entre os acompanhantes, mas nunca com o funcionário responsável. Sobre as filas, já me acostumei! Mas quanto aos restaurantes...me sinto na obrigacão de reclamar se não estiver satisfeita. Os precos são bem altos, então a qualidade também tem que ser!

A discussão sobre o sueco ser ou não anti-social, tinha a ver com ele “encontrar-se ou não com colegas de trabalho de maneira privada”. Pelo que vejo, essa relacão não é muito diferente da que temos no Brasil. Se há afinidades com um colega, os contatos podem se tornar mais estreitos e partir para uma amizade. Mas percebo que sueco demora um pouco mais para ser amigo de alguém do que brasileiro. Há um distanciamento maior. Parece que esse lance de confiar na química logo de cara e virar amigo, não rola.
Talvez isso dê a impressão ou gere, de fato, relacionamentos mais duradouros, não sei.

Os meus poucos amigos suecos foram conquistados da mesma forma que conquistaria amizades brasileiras. Mas eu percebo que apesar de eu ser a mesma pessoa, tanto aqui como no Brasil, as pessoas em torno de mim, são outras. Conheco e convivo com gente de várias nacionalidades e existe, sim, diferenca entre os povos. Não dá prá pensar que apesar de sermos de lugares diferentes, continuamos nos comportando da mesma maneira. Culturas diferentes geram indivíduos diferentes, certo? Mas a essência que faz com que indivíduos diferentes se unam, precisa permanecer sendo a mesma. A superfície, às vezes, pode assustar, admirar, confundir, encantar. Mas a essência, descoberta através de um bom papo ou um olhar mais profundo, é certamente reveladora. Se não for, fraternidade, compreensão e um sorriso continuam certamente sendo universais!


País das filas? Pessoas anti-sociais? Gente que não consegue reclamar de uma refeicão insossa num restaurante por ter medo de conflito? Pois é, esse é o típico sueco! Explico: existe um programa chamado “O país mais moderno”, aqui na Suécia. Outro dia estavam discutindo sobre umas das tantas definicões do que é ser sueco, tentando tracar um perfil. Sim, o programa é apresentado por suecos!

Sueco adora fila! Elas estão em todo lugar! Até prá pedir informacão, é necessário pegar fila. Sem essa de achar que por que você está com pressa, vai poder passar na frente de quem está na fila do caixa e vai pagar mercadorias. Logo quando cheguei aqui e queria só pedir uma informacão, me dirigia ao caixa e perguntava o que eu queria saber…mas a funcionária do caixa, sem tanta gentileza, dizia que se eu quisésse perguntar algo, deveria pegar a mesma fila que todas as outras pessoas que estavam esperando para fazer pagamentos. Pois é, e não importa o tamanho da fila!

Quanto à ”etiqueta” nos restaurantes, também é verdade! Parece que as pessoas não ousam reclamar se estão insatisfeitas com a comida. Reclamam entre os acompanhantes, mas nunca com o funcionário responsável. Sobre as filas, já me acostumei! Mas quanto aos restaurantes...me sinto na obrigacão de reclamar se não estiver satisfeita. Os precos são bem altos, então a qualidade também tem que ser!

A discussão sobre o sueco ser ou não anti-social, tinha a ver com ele “encontrar-se ou não com colegas de trabalho de maneira privada”. Pelo que vejo, essa relacão não é muito diferente da que temos no Brasil. Se há afinidades com um colega, os contatos podem se tornar mais estreitos e partir para uma amizade. Mas percebo que sueco demora um pouco mais para ser amigo de alguém do que brasileiro. Há um distanciamento maior. Parece que esse lance de confiar na química logo de cara e virar amigo, não rola.
Talvez isso dê a impressão ou gere, de fato, relacionamentos mais duradouros, não sei.

Os meus poucos amigos suecos foram conquistados da mesma forma que conquistaria amizades brasileiras. Mas eu percebo que apesar de eu ser a mesma pessoa, tanto aqui como no Brasil, as pessoas em torno de mim, são outras. Conheco e convivo com gente de várias nacionalidades e existe, sim, diferenca entre os povos. Não dá prá pensar que apesar de sermos de lugares diferentes, continuamos nos comportando da mesma maneira. Culturas diferentes geram indivíduos diferentes, certo? Mas a essência que faz com que indivíduos diferentes se unam, precisa permanecer sendo a mesma. A superfície, às vezes, pode assustar, admirar, confundir, encantar. Mas a essência, descoberta através de um bom papo ou um olhar mais profundo, é certamente reveladora. Se não for, fraternidade, compreensão e um sorriso continuam certamente sendo universais!