02 dezembro 2008

Sou uma tempestade de mil sóis, uma alma impregnada de impaciência e serenidade. Para quem quiser me entender, deixo apenas uma garantia: não sou fácil, mas conquisto, cultivo, intrigo, impressiono. Sem palavras, nunca, mas sempre sem roupa quando quero sonhar. Dentro de mim, moram uma menina e uma idosa que convivem harmoniosamente. Sou nova, velha, imprevisível, insaciável, ímpar.
Quero sempre os amigos por perto, assim como os bons pensamentos, os bons livros, as verdades incontestáveis e as batidas desse coracao descompassado!

10 novembro 2008

Vi essa meme no Síndrome de Estocolmo, da querida Denise e resolve colocar aqui :-)! Quero ver a de vcs!

Onde está seu celular? Na sala de estar, recarregando.
E o amado? No trabalho.
Cor do cabelo? Castanho.
Sua mãe? É muito amada.
Seu pai? Tinha os mesmos olhos e sombrancelhas que eu.
Seu irmão? Não tenho irmãos e nem irmãs.
Sua filha? Levada, temperamental e linda.
O que mais gosta de fazer? Escrever.
O que você sonhou na noite passada? Algum sonho surreal, com certeza.
Onde você está? No meu escritório, em casa.
Onde você gostaria de estar agora? Em São Paulo, na piscina do prédio da mama.
Onde você gostaria de estar daqui a seis anos? Em São Paulo, na piscina da mama.
Onde você estava há seis anos? Em Sampa.
Onde você estava na noite passada? Em casa, abracadinha no meu maridão.
O que você não é? Falsa.
O que você é? Impaciente.
Objeto do desejo? Esse aqui: http://www.sakerochsockor.com/cgi-bin/ibutik/AIR_ibutik.pl?funk=visa_artikel&artnr=102303007r, um carrinho prá colocar a Kayra e sair pedalando nesse frio sueco.
O que vai comprar hoje? Nadinha.
Qual sua última compra? Uma moldura.
A última coisa que você fez? Limpei o nariz da Kayra, que está resfriada.
O que você está usando? Calca e blusa de moleton. Mais confortável, impossível.
Na TV? Desligada.
Seu cachorro? No Brasil. Virou cachorra da minha mãe, minha querida Sabina.
Seu computador? Laptop da Dell.
Seu humor? Meio estressada.
Com saudades de Alguém? De todas as pessoas que amo.Seu carro? O carro da família, um Land Rover, Freelander.
Perfume que está usando? Clinique Happy
Última coisa que comeu? Uma pêra.
Fome de quê? De praia e sol.
Preguiça de? Lavar louca :-(!
Próxima coisa que pretende comprar? Poxa, sei não...mas acho que vai ser aquele carrinho da foto, para a Kayra. Faltam algumas horas para eu "vencer" um leilão de um site. Uma pena que o carrinho não é exatamente aquele, mas vai ser bom mesmo assim :-)!
Seu verão? Hahahahaha. Que verão? Tô na Suécia.
Ama alguém? Muita gente boa e de bom coracão.
Quando foi a última vez que deu uma gargalhada? Ontem, das palhacadas do Jonas.
Quando chorou pela última vez? Faz uns dias…tava meio down.

29 outubro 2008


Minha.
De mais ninguém.
De todo mundo.
Crianca temperamental, barulhenta, imprevisível.
Cestos, brinquedos, pelúcias e livrinhos.
Me leva, me nina, me ensina brincadeiras e me faz serena.
Ela, meu caminho de docura, angústia, menina minha.

5 anos de Suécia


Há 5 anos atrás cheguei aqui de malas cheias, coracão aberto e grandes expectativas. Hoje, as malas estão vazias. O coracão continua aberto. E as expectativas estão de pés no chão. Não sou mais a mesma, mas ainda sei quem sou. E esse é um sentimento fantástico. Saber quem se é quando o mundo que te faz segura desaparece, é um grande ofício.


Dentro de mim, uma mulher de mais garra. Alguém que sabe que sobrevive às maiores e mais bravas tempestades. A saudade do meu país ainda me traz lágrimas aos olhos, mas o desespero de não reconhecer as ruas suecas como minhas ruas paulistanas, sumiu. Mudar de casa, de cidade, de país, é crescer e descobrir que a gente sobrevive. O que faz de um lugar a sua casa é a sua essência interna. Às vezes, ou melhor, com bastante frequência, sinto que preciso lutar prá manter alguns pontos de vista, preservar algumas verdades. Sinto que o meu ”Mundo Sueco” tenta me adestrar, tirar de mim isso que chamo de essência interna. Não deixo! Brigo, bato o pé e me faco de difícil. Sou quem quero ser e não importa em que mundo eu viva. Rebeldia? Não, necessidade de não me perder dentro de mim mesma.


Cinco anos é muito tempo de Suécia. Dois anos sem colocar os pés no Brasil, também. Aprendo todos os dias que tanto a Suécia quanto o Brasil são terras boas e ruins. E que essas duas terras são minhas casas. Já pensei e disse em voz alta: Não gosto da Suécia. Mas percebi que não seria mais fácil aprender a gostar se me fechasse para a nova vida que ela, a Suécia, tem prá me oferecer. Gostar do Brasil 100% também não é das tarefas a mais fácil. Tenho duas pátrias, dois dilemas e dois passaportes na gaveta.
Foto: uma das belas tardes do outono sueco

20 agosto 2008

Vida fora, vida dentro, vida no centro.
Círculo de emocões particulares.
Longe, perto, distante, sempre.
Lacos, nós, emboscadas, coracão.
Segundo, pressa, aperto no peito,
impulssividade, EU.
Ir, ficar, voltar, chegar, pressentir.
Sentir vontade de explodir,
de caminhar no meu próprio céu.
Riscos na alma, alma gêmea,
Piedade de mim, fim.
Viver vazio é empobrecer....

18 agosto 2008

Tô aqui, cheia de vontade de escrever e meio sem tempo! A minha vida tem andado meio de pernas para ar. Mas, com a ajuda dos céus, um pouco de paciência e alguma sorte, as coisas vão se ajeitar. A Kayra está bem! Ainda doente, mas bem. Felizmente, ela é a personificacão da alegria! Uma crianca super positiva, animada e sempre sorridente! O último ultrassom feito no coracão mostrou uma melhora e isso significa muito prá nós. O processo é longo, mas eu creio que tudo vai ficar bem.
Quando um filho adoece, parece que nos falta o ar. Os pés não sentem o chão. A vida se desorganiza. Você não é nada, não é ninguém, se aquela criaturinha, carne da tua carne, não está saudável. Sou mãe há apenas 1 ano, mas parece que já faz um tempão, parece que a Kayra sempre existiu na minha vida. Deve ser isso que todas as mães sentem, não? Os filhos são o que a gente tem de melhor!!! O resto é o resto!

25 junho 2008

Filha

Grandes, vivos, impávidos.
São eles, os olhos da luz dos olhos meus.
Linda, ela toca tudo que vê.
Peralta, carne de mim, num corpo de pequena mulher.
Intensa, ela chora, me arranha, faz manha e me mostra o amor.
Ele, sem máscaras, amor genuíno.
Ela me ama sem pesos e medidas.
Eu? Eu amo de volta!
Perfeita.
Ela é minha.
Ela é dele.
Pai que olha azul para o mundo.
Ela é linda de novo, mais uma vez, toda hora.
Pezinhos, mãozinhas, a minha pequena cresce e quer descobrir o mundo.
Boquinha, ela ensaia palavras de paz.
Ela grita, esperneia, desafia a minha paciência.
Faz de mim mais mulher, faz de mim plenitude e tolerância. Nos meus bracos ela dorme…faz de mim mãe prá vida inteira

Sampa na mente

Acordei com gosto de Sampa na boca,
gosto paulistano, gosto de coracão despedacado.
Acordei com fome de Liberdade, bairro da Liberdade.
Gosto de garoa, gosto de pastel, de garapa e de fondue.
Acordei pensando em você, linda, esguia e cheia de sonhos prá me vender.
Gosto de Paulista, de Avenida Paulista, sentido Consolacão.
Acordei com vontade de filminho no Espaco Unibanco, de esticadinha até o Belas Artes,
com vontade de dormir e sonhar nos teus bracos.
Gosto de imprecisão, de impetulância, de passeio na Benedito Calixto.
Acordei com vontade de voltar a dormir e cair na sua teia, na tua veia de ruas, avenidas e cruzamentos.
São Paulo é prá sempre a minha casa, a minha asa, o meu templo, o meu latifúndio.

05 junho 2008

Pedaladas

Pedalar em São Paulo, no Ibirapuera, era uma tarefa dominical e desempenhada por esporte. Uma maneira de se exercitar e, ao mesmo tempo, relaxar, após uma semana de trabalho. Pedalar na Suécia, virou recentemente o meu meio de transporte! Mas, como pedalar com classe? Explico: prá comeco de conversa, tenho uma mountain bike, enquanto as outras mocoilas têm “damcyckel”, bicicleta para damas, ao pé da letra. Atualmente, vou pedalando para o trabalho. Humm, é uma delícia e facilitou muito a minha vida, mas, como pedalar e chegar ao destino final com cabelo e roupas no lugar? Ou melhor, que roupa e sapato escolher quando se vai ao trabalho montada numa bike? E pedalar de saia ou vestido? Putz, que problemas!!! Na verdade, nem tanto. Tudo é uma questão de treino! Já pedalei de saia algumas vezes e deu super certo. O próximo passo, ou pedalada, é combinar a sainha básica com uma bota de salto alto! Quando cheguei aqui, achava estranhíssimo ver as mulheres super bem vestidas andando de bicicleta. Em Sampa, uma cena dessas é bastante incomum, senão, impossível! Mas, aqui, a bicicleta é realmente um meio comum de transporte, como já escrevi anteriormente. Mas eu ainda tenho problemas em escolher o melhor modelito e sapatito...sem falar em qual bolsa usar, já que moutain bike não tem cesto e nem garupa! É, acho que vou acabar comprando uma ”damcyckel” e deixar de achar que ainda sou aquela menina levada que apostava corrida nas ruas com os moleques e suas ”máquinas”. Ah, sem falar no capacete! Pois é, como muitos brasileiros, eu nunca usei capacete para andar de bike, mas aqui na Suécia é super comum. E já tem gente querendo transformar o assunto em lei! Outro dia vi uma enquete no jornal sobre isso. Especificamente neste caso, as pessoas acharam que cabia a cada um a decisão de usar ou não capacete. Eu também acho! Confesso que a Suécia vem abrindo os meus olhos brasileiros para muitas coisas que eu nem dava muita atencão. Depois da “damcyckel”, o próximo investimento será um capacete básico. E, com isso, voltamos a um dos problemas iniciais: o que fazer com a cabeleira? Bom, é só escolher se vai deixar as madeixas a mercê da ventania ou amassadinhas e seguras dentro de um belo capacete à lá sueca!

* comprei garupa e dois cestos para a bike e já estou pensando em colocar uma cadeirinha de bebê para a minha pequena :-)!

13 maio 2008

Ela

Abro os olhos, acabou o sonho
Fecho os olhos, estão verdes e querem voltar a dormir
Abro os olhos e quero mais sono
Não dá
O dia dispontou
Um cheiro de improvisacão me acende o pensamento
Olho no espelho e me reconheco
Sou eu de novo, com os meus milhões de desafios prá lutar contra e a favor
Ela, a bailarina do Oswaldo Montenegro
Ela, a balzaquiana de Honoré
Ela, que sou eu de cara amassada depois de uma noite de sonhos imbecis
Inquieta, reclamando do mundo e sendo ouvida por ouvidos surdos
Ela…que sou eu

Eu

Faz muito tempo que não escrevo no meu blog! Desculpem-me! Tenho tido uma vida bastante atribulada, mas não é esse o motivo de eu ter deixado de escrever! A minha falta de engajamento tem a ver com a minha filha, Kayra. Há cinco meses atrás descobrimos que ela contraiu um virus! Isso fez com que a câmara esquerda do coracão aumentasse de tamanho e prejudicasse o funcionamento normal do órgão. Segundo os médicos, é um problema bastante incomum. Tivemos falta de sorte! Desde que tudo aconteceu, a nossa vida mudou muito e de uma hora prá outra. Toda a minha euforia e felicidade de mãe de primeira viagem foram transformadas em pura preocupacão. Preocupacão prá vida inteira. Muitas idas ao médico, exames, controles, enfim. Não pretendo entrar em mais detalhes sobre esse assunto, pois me dói um bocado. O que esperamos é que ela fique boa logo! E o que o logo chegue muito rápido! Todos os cultos, bons pensamentos e oracões são bem-vindos!
Pretendo continuar a escrever no blog e partilhar com vocês as minhas experiências nessa terrinha gelada e cheia de desafios!