04 janeiro 2005

Saudades...

Sabem que o Brasil está se tornando um país cada vez mais interessante para mim? Na verdade, tem mais a ver com a saudade que sinto da minha vida à brasileira do que necessariamente com o país em sim, entendem? Parece que passei a dar valor à coisas que antes não eram assim tão importantes na minha vida.

Adoro chegar na terrinha e começar a falar em português, ler os jornais, assistir TV, pode até ser algum desses programas babacas, desde que seja em português. Sinto saudades do idioma! Aqui na Suécia tenho tido a oportunidade de encontar cada vez mais brasileiros e além disso falo sempre com a minha mãe, mas não é a mesma coisa. Em casa, depois que eu aprendi sueco, só falamos em em sueco, até porque o Jonas começou a estudar com seriedade o português somente agora. Antes do sueco a nossa língua oficial era o inglês.

Falando em saudade...para quem vive por essas bandas, o Sol faz muita falta. Na verdade, nos últimos dias até que ele tem aparecido por aqui, mas por conta do inverno, calor mesmo, só em julho, se tivermos sorte!

Bom, a luz do dia é também um assunto a ser pautado. A suécia teve o dia mais escuro do ano em 21 de dezembro – o Sol costuma nascer em torno de 8h50 e o pôr – do – Sol ocorre por volta das 14h40 -. Depois dessa data o país fica cada vez mais claro. Vou explicar melhor, quando chega o inverno, além da temperatura cair bruscamente, os dias ficam mais curtos e as noites mais longas.

Em compesação, no verão, os dias são mais longos que as noites e em algumas regiões ao Norte da Suécia, é possível ver o “Sol da meia-noite”, ou seja, não escurece nunca durante quase um mês. Na região onde moro, localizada mais ao centro do país, temos Sol até aproximadamente às 22h. É surpreendente!

Às vezes é difícil encarar as diferenças como pontos positivos, principalmente quando elas nos incomodam, mas é legal tentar. Gostar do país dos outros como se fosse o nosso exige paciência, tempo e talvez não seja totalmente possível. O negócio é encarar a vida de maneira positiva e aceitar que apesar de o Brasil reunir muitas das coisas que a gente aprecia, belezas e novidades de outras terras também podem nos encantar!


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